sábado, 6 de junho de 2009

José Cid - A Lenda D'el Rei D. Sebastião



Fugiu de Alcácer Quibir
El Rei D. Sebastião
Perdeu-se num labirinto
Com seu cavalo real

As bruxas e adivinhos
Nas altas serras beirãs
Juravam que nas manhãs
De cerrado de Nevoeiro
Vinha D. Sebastião

Pastoras e trovadores
Das regiões litorais
Afirmaram terem visto
Perdido entre os pinhais
El Rei D. Sebastião

Ciganos vindos de longe
Falcatos desconhecidos
Tentando iludir o povo
Afirmaram serem eles
El Rei D. Sebastião
E que voltava de novo

Todos foram desmentidos
Condenados às gales
Pois nas praias dos Algarves
Trazidos pelas marés
Encontraram o cavalo
Farrapos do seu gibão
Pedaços de nevoeiro
A espada e o coração
de El Rei D. Sebastião

Fugiu de Alcácer Quibir
El Rei Rei D. Sebastião
E uma lenda nasceu
Entre a bruma do passado
Chamam-lhe o desejado
Pois que nunca mais voltou
El Rei D. Sebastião
El Rei D. Sebastião

sexta-feira, 5 de junho de 2009

José Cid - O Poeta, O Pintor e O Músico



Conheci um poeta escritor e solitário
Um livre pensador vanguarda e visionário
Falava em proteger florestas, oceanos
Os rios e o ar que já não respiramos

Escrevia com alma, com coerência e energia
O tempo ia passando, ninguém o compreendia
E livre de discursos, promessas, teorias
Podiam-lhe chamar para melhor o definir

Livre pensador convicto ecologista,
Um grande idealista

Ele era um poeta, um pintor, um pianista
Seu nome não vem na lista
Ele era um poeta, um pintor, um pianista

Conheci um pintor que pintava aguarelas
Criava obras-primas e morria com elas
Conheci um pianista, um músico anarquista
Que compunha canções que eram sua conquista

E tocava com alma, sentimento e alegria
O tempo ia passando ninguém o compreendia
E livre de discursos, promessas, teorias
Podia-se dizer para o melhor definir

Dava sons à vida, coloria a vida, alegrava a vida

Ele era um poeta, um pintor, um pianista
Um músico anarquista
Ele era um pintor um poeta um pianista
Seu nome não vem na lista
Ele era um poeta um pintor um pianista

quinta-feira, 4 de junho de 2009

José Cid - Balada Para Dona Inês



Chegou das terras de espanha
Nobre dama de castela
Na corte de portugal
Diziam ser a mais bela
Seu nome ficou na história
Como símbolo de amor
Não mais tiveram perdão
Aqueles que a mataram
Dona inês
Seus longos cabelos de ouro
Os olhos azuis mas morta
Sentada em trono real
Todos lhe beijam a mão
Seu nome ficou então
Como símbolo do amor
E um poeta trovador
A sua morte cantou
Dona inês

quarta-feira, 3 de junho de 2009

José Cid - O Largo Do Coreto



A banda já chegou
Àquele domingo, no jardim
Há fardas engomadas
E um perfume de jasmim.
E enche-se o coreto
E trompetes e trombones
De clarins
E saxofones.
Marias e magalas, mão na mão,
Crianças de berlingue ou de pião,
Senhores empertigados
Ofereciam rebuçados
Às senhoras
Pois então!
E o largo do coreto, pouco a pouco
Enchia-se no quadro mais barroco
E o homem das castanhas
Com as suas artimanhas
Enganava-se no troco.
Foi há tanto tempo
Num domingo, no jardim
Era como se a banda
Só tocasse para mim.
E o maestro regia
Com tais modos de importância
Que marcou
A minha infância

terça-feira, 2 de junho de 2009

José Cid - O Meu Piano



Podes-me ver no meu piano
Voando no universo
Com ambição e inspiração
No espaço de cada verso
Nas galáxias a sonhar sozinho
Com os erros que fizer
Só meus, só meus, só meus
Tão meus
Adeus amor adeus
Podes-me ver no meu piano
À laia de explicação
Jogar os sons do nosso amor
E compor esta canção
Assim eu vou voar sozinho
Com os erros que fizer sozinho
Com os erros que fizer
Só meus, só meus, só meus
Tão meus
Adeus amor adeus
Vou p´r´além da via láctea do amor
Vou p´r´além da luz do sol que eu nunca vi
Só vou na condição de homem sonhador
Só, só, só tão só
Sempre um milagre o meu piano
Se ouvir na eurovisão
Eu vou ficar em cada verso
Com a mão na mão
Vou ficar a sonhar sozinho
Com os erros que fizer
Só meus, só meus, só meus
Tão meus
Adeus amor adeus

segunda-feira, 1 de junho de 2009

José Cid - Aqui fica uma canção



Por ti fiz esta canção que começa aqui
E assim passa a solidão dentro de mim
Em ti eu recordo o verão que em tempos perdi
Faz de conta que é cedo
O tempo não mete medo
E aqui fica uma canção à espera de ti
Não sei se te vou contar porque vim aqui
Só sei que perdida a voz activo por ti
Sei que ao falar de nós um beijo mordi
Faz de conta que é tarde
O amor é tudo o que arde
E aqui fica uma canção a falar de ti
És um dia de sol
Tu és a sede, o fio de água pura
Que me afoga assim
De mim só nascem canções a falar de ti
P’ra ti fica esta canção que começa aqui
E assim passa a solidão de dentro de ti
Em nós recordas o verão que fugiu de mim
Faz de conta que é tarde
O amor é tudo o que arde
E aqui fica uma canção a falar de ti
És um dia de sol
Tu és a sede, o fio de água pura
Que me afoga assim
De mim só nascem canções a falar de ti
P’ra ti fica esta canção que começa aqui
E assim passa a solidão de dentro de ti
De mim só nascem canções a falar de ti
Em nós recorda o verão que fugiu de mim
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